A beleza de estar apaixonado, a integridade do amor!

Pode este título ser profissional? Não só pode, como o é!

Estar-se ou ser-se apaixonado pelo trabalho é possível, desejável e um catalisador de optimismo e felicidade nas nossas vidas.

Este sentimento de bem-estar, que gera o tão afamado propósito que hoje é motivo de busca para todas as pessoas, não mais é do que amor. O amor envolve-nos, entusiasma-nos, agrada-nos, interessa-nos, capacita-nos, levando-nos a sermos cuidadosos, dedicados e felizes!

E a paixão? Onde fica? A paixão sendo como que a motivação do amor, dá-nos o ímpeto para a acção, alimenta-nos, despoleta a máscara do cuidado. Coloca-nos com a nossa melhor postura, o nosso melhor olhar… dá-nos decoro, mas não nos mascara. E celebrando o Dia dos Namorados logo após o Carnaval, questiono: quantos se mascaram nos seus trabalhos?

O estímulo da paixão faz-nos esmerar, dá-nos brio, leva-nos a queremos ser os eleitos, os predilectos. As márcaras por sua vez levam-nos por caminhos que não são os nossos. Afastam-nos de quem somos, dos valores onde nos revemos. Colocam-nos a viver a vida sob uma perspectiva que não nos acrescenta, com a qual não nos identificamos, e um dia olhamos para o espelho e não nos reconhecemos.

Vale a pena mascararmos quem somos? Reitero que o cuidado e o decoro são parte fundamental nas relações profissionais (e não só), mas quais as linhas que não podemos passar?

No meu caso, fazer o que eu faço é um previlégio! Digo isto inúmeras vezes durante o dia, às pessoas com quem me cruzo: clientes, candidatos e colegas. Os fóruns onde estou, as experiências que oiço, as informações que me chegam, todos me acrescentam e eu espero saber letrar toda a informação e ser também eu um veículo de informação estimulante, eficaz e necessária para todos os que comigo se cruzam.

Sinto-me previlegiada porque adoro o que faço. Sou apaixonada pelo que faço, e gostava que todos pudessem sentir o mesmo nas suas funções profissionais.

Mesmo nos dias difíceis, nas actividades pouco estimulantes (que em todos os trabalhos existem – mentiria se não o dissesse) o produto do meu trabalho apaixona-me!

Dizemos que o amor não se procura, encontra-se. Concordo em parte. Encontramos quando nos conhecemos, quando experimentamos e damos tempo para ser surpreendidos e colher os frutos do que plantámos. Mas também procuramos. Procuramos quando não baixamos os braços e acreditamos que somos dignos de ser felizes!

Um feliz dia do amor, sem máscaras.